Manuela Ferreira Leite, Expresso de 19 de Fevereiro
É a velha táctica do PSD, sendo talvez a única lição que a malograda Dr.ª Manuela aprendeu na política: exigir que se tomem medidas para, quando elas são tomadas, aparecer de braço dado com os que as contestam.
O caso mais emblemático da Dr.ª Manuela ocorreu com a luta dos professores. Depois de passar semanas a fio a exigir reformas no sector da educação quando era comentadora na Rádio Renascença, a Dr.ª Manuela opôs-se, quando a sentaram na São Caetano, às reformas que antes defendia. Ainda há dias, numa fulgurante aparição na Quadratura do Círculo, veio tomar a defesa de que há vida para além do défice num momento como este, como se tivesse sido keynesiana desde o berço.
Agora que o Dr. Catroga exigiu que o Governo apresentasse uma lista de serviços a extinguir para que o PSD viabilizasse o Orçamento do Estado para 2011, a Dr.ª Manuela aparece a contestar as medidas que constam dessa lista. E com que argumentos o faz? A propósito da fusão das direcções-gerais dos Impostos e das Alfândegas, a Dr.ª Manuela descobriu que essa fusão não era uma grande ideia porque iria implicar “alterações, em todo país, do logótipo do serviço, da sinalética e da reconstituição de toneladas de impressos ainda necessários”.
Admite-se que poderá haver razões de peso contra a citada fusão. Mas a sinalética? O logótipo? Os impressos, quando já ninguém os preenche à mão, tratando-se de adaptar os modelos no software utilizado?
Uma senhora antiga que raciocina como se fosse ainda a chefe do economato.
3 comentários :
Essa mulher está fora do tempo,é feita de material humano não reutilizavel.
Por muito que fale é como falar para a "vagina".Não tem respostas.
E será que ela ainda raciocina mesmo, Miguel?
Dantes chamava-lhe contabilista graduada, assim como ao amigo da marquise. Sem qualquer dimensão ou bagagem cultural não passam de contabilistas. Mas reconsidero e acho que a denominação de chefe do economato fica melhor com o nível dos seus comentários.
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