sábado, maio 14, 2011

Isto não vai acabar bem [11 — 3.ª Série]

A radicalização de Passos Coelho, designadamente a estratégia de que não estabelecerá entendimentos com o PS, está a ser mal aceite, sobretudo após se saber que o PSD vem caindo nas sondagens. É o que se lê na página 7 do Expresso.

Artur Santos Silva, chairman do BPI e um dos 47 subscritores iniciais do manifesto “Um Compromisso Nacional”, «afirmou-se decepcionado com a “forte tensão” face à gravidade da situação do país.»

O próprio Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, já deu um passo ao lado, demarcando-se do radicalismo de Passos Coelho quanto à não aceitação de uma “coligação com o PS”: “no PSD, não trabalhamos num cenário de derrota”.

E Alexandre Relvas, o Mourinho de Cavaco, transmite um aparente recado de Belém: “Se o partido mais votado ficar na oposição, temos o país ingovernável. É preciso o PS estar no governo para limitar a contestação.”

Mas talvez as críticas mais implacáveis venham do CDS. O Expresso diz que a “jogada de Passos (…) irritou o CDS.” Com efeito, António Pires de Lima não poupa nas palavras: «Pires de Lima considera que a recusa definitiva de Passos em negociar com Sócrates “revela a irresponsabilidade do PSD”.» E «um outro dirigente centrista vai mais longe: “A promessa de Passos é desonesta, porque se ele não ganhar as eleições é corrido e não pode garantir que a seguir o PSD não se coliga ao PS”

Há quem já faça apostas sobre quem será o próximo presidente do PSD.

3 comentários :

Anónimo disse...

O PS vai ganhar as eleições,não sei se com maioria absoluta.Se o PSD não quizer negociar com o Sócrates é o seu fim.O CDS irá ocupar o seu lugar.

Anónimo disse...

O problema não é o fim do PSD é o fim do País.

Anónimo disse...

Passos já está a ser substituido e ainda nem se apercebeu. Mas há verdade nas suas palavras. Não se coligará com o PS porque simplesmente será substituido após as eleições por alguém mais aberto ( lêr, de joelhos) á negociação.