segunda-feira, dezembro 05, 2011

Ó Álvaro, já leste?




Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés, em entrevista ao Público:
    Já fizeram as contas ao impacto da meia hora de trabalho adicional que o Governo quer implementar?
    Não. Não é uma medida que vá resolver o problema. Não estamos a pensar em sacrificar quem já trabalha muito. Temos horários flexíveis, uma equipa que trabalha, ponto final. Na fábrica [em Campo Maior] poderá ter alguns impactos, mas o nosso modelo de negócio não é baseado nas horas e na produtividade de cada trabalhador. É um modelo social e se fizermos as contas temos sempre mais trabalhadores do que é necessário.

    O aumento da flexibilização laboral e outras medidas aumentam a tão desejada competitividade das empresas?
    Não vamos resolver o problema de uma economia tornando as leis laborais mais flexíveis. Ajudará numa fase como a que vivemos, mas este é um problema estrutural. [Temos de ter] mais empreendedorismo, marcas portuguesas e mais postos de trabalho. Não se trata apenas de ter mais produção nacional. Por exemplo, estamos a fazer uma aposta na propriedade intelectual e isso implica não só produção mas também talento. Nesse sentido, comprámos a Diverge Design. Há países que não têm produção e têm postos de trabalho para todos e onde há qualidade de vida. Nesta altura, a nossa aposta é em propriedade intelectual.

6 comentários :

Anónimo disse...

Quem fala assim não é nabo...

Anónimo disse...

este é rico, é patrão e é velhote. e depois faz a desfeita e diz uma coisa destas! o gaspar devia poder emitir mandados de captura para gente desta, que encontra na vida real o contraditório à fé-pobretanas-purificadora desta direita envergonhada. não se admite, senhor nabeiro.

Anónimo disse...

Se os amorins, belmiros e patrões de pingo doce desta vida tomassem mais atenção a este senhor em vez de andarem a mandar bocas e a fazer figuras tristes na comunicação social talvez já estivessemos a trabalhar para ultrapassar a crise...

João das Regras disse...

Corroboro a opinião do anónimo das 19:57.
Fossem todos os patrões deste país como o Sr. Nabeiro (e família) e Portugal não estaria assim.
Metem num bolso bem fundo os parolos e idiotas úteis dos cursinhos e MBAs da Nova/Católica/ISCTE/FEP/ISEG/etc., desses dos rankings do Financial Times, o pasquim que aqui há uns anos recomendava - noutros rankings - o investimento em acções da Enron e Lehman Brothers, entre outros. Só acredita nessas tangas quem quer, que a realidade encarrega-se de provar o contrário, isto é, que mesmo com "gestores de topo" (!?) a economia nacional está de rastos e não é facilitar despedimentos e criar pseudo-ódio à estabilidade laboral que se vai resolver o problema.
Um caminho era começar a encerrar os antros académicos acima referidos, que está visto que não servem para rigorosamente nada, só mesmo para publicidade enganosa.

Anónimo disse...

Não concordo que as universidades acima referidas não sirvam para nada. Deverá no entanto rever-se a qualidade dos professores ali colocados, pois parecem todos formatados na mesma cartilha e é esse pensamento formatado e pouco dado a questionar que estão a passar para as gerações mais jovens.

João das Regras disse...

Caro anónimo das 17:32, mais do que um curso de uma dada área numa cidade é demais, a não ser que defenda (como eu) fusões entre instituições. Falando só de Lisboa, não precisamos de tanta faculdade de economia e gestão, ponto final; é de (bom) senso comum. No caso do Direito é ainda mais escandaloso já que só no espaço de 1 km temos três cursos de Direito, fora os outros já existentes (só) em Lisboa.
Quanto ao argumento da qualidade dos professores, concordo plenamente. Ter o Abominável César das Neves (outro cavaquista jr. que já andou no poleiro e nada de jeito fez) deve ser mau demais, sobretudo se se for um ser pensante e com capacidade crítica. A cartilha é a mesma porque é toda ela trazida lá de fora, sem quaisquer adaptações à realidade nacional. Daí os Álvaros, os Ferreiras Machados, os Campos e Cunhas e os que por lá fora ficaram serem umas bestas quadradas da pior espécie e termos a economia e finanças como temos. Deverá voltar-se à investigação e ensino da economia como ciência autónoma de "business schools" e lixo caduco congénere. O requisito de ter trabalhado à séria antes de se ingressar na carreira académica também deve ser considerado e não apenas para as faculdades de economia, que académicos de aviário vi eu em demasia.
No concernente aos rankings: mantenho o que disse, que a realidade trata de corroborar a minha opinião.