• Pedro Silva Pereira, Um ano depois:
- ‘Faz hoje precisamente um ano que uma estranha coligação PSD/CDS e PCP/BE se uniu no Parlamento para rejeitar o PEC IV (apoiado formalmente pela Comissão Europeia e pelo BCE), mesmo sabendo que isso iria arrastar o País para uma perigosa crise política em plena crise das dívidas soberanas.
Afirmei então, na Assembleia da República: "O Governo quer deixar registado um facto para memória futura dos portugueses: até esta data, o dia 23 de Março de 2011, dia em que a oposição decide precipitar uma crise política, Portugal foi sempre capaz - com maior ou menos dificuldade, mas foi sempre capaz - de assegurar o financiamento da sua economia e de evitar o recurso a uma ajuda externa. Mas, daqui para a frente, um agravamento da situação do País em resultado da decisão que hoje aqui será votada, será da inteira responsabilidade de quem, no pior dos momentos, decidiu, de livre e espontânea vontade, acrescentar à crise financeira esta evitável e irresponsável crise política". E disse ainda: "a extrema-esquerda parlamentar (...) não pode ignorar que quando a direita precipita esta crise e vem falar de uma "coligação alargada", do que está a falar, realmente, é de uma coligação alargada ao FMI, porque é para aí que esta irresponsável crise ameaça levar o País! E se os senhores acham que é já o FMI que governa, então desenganem-se, porque é caso para dizer que ainda não viram nada!". O tempo, infelizmente, veio dar-me razão.
É sabido o que se passou a seguir ao chumbo do PEC IV: descida abrupta dos ‘ratings' da República, dos bancos e das principais empresas (com custos financeiros elevadíssimos); subida inusitada dos juros da dívida pública; fechamento total dos mercados de financiamento do Estado e da economia. Por consequência, em menos de quinze dias, a 6 de Abril, Portugal foi forçado a pedir ajuda externa. A luta do Governo socialista de conquistar o apoio do BCE para que Portugal se mantivesse fora dos constrangimentos de um programa de assistência financeira, no grupo da Espanha e da Itália, foi derrotada por uma coligação partidária que não se importou de atirar Portugal para a companhia da Grécia e da Irlanda na ânsia de satisfazer, de uma assentada, o protesto da extrema-esquerda parlamentar e a impaciência pelo poder dos partidos da direita.
Não deixa de ser irónico recordar, à distância de apenas um ano, que a opção de rejeitar o PEC IV foi feita em nome da recusa do aumento dos impostos, bandeira que depois deu lugar à fabulosa promessa de uma austeridade contra "as gorduras do Estado" e não mais "contra as pessoas". A verdade é que foi com este engodo fraudulento que o País trocou um programa exigente, mas moderado, de rigor orçamental por um muito mais penoso programa de austeridade, depois agravado pela absurda opção governamental de ir "além da ‘troika'". Um ano depois, os factos são estes: os impostos - os tais que não podiam aumentar - afinal, subiram todos e muito; as famílias sofreram cortes violentos nos salários, nos subsídios e nas prestações sociais; a recessão na economia agravou-se muito seriamente e o desemprego disparou, de 12,1 para 14,8%. Perante isto, o anunciado ponto final na ajuda externa, com o regresso aos mercados em 2013, parece cada vez mais uma miragem. Uma coisa é certa: desde as eleições que não se vê nenhum membro deste Governo voltar a repetir a promessa eleitoral de que acabou a austeridade "contra as pessoas".’
7 comentários :
Um ano depois ter que ouvir este "clone" um dos principais responsáveis do estado do país, com a lenga-lenga do costume do PEC IV esqueceu-se de dizer que existiram três antes e nenhum deles conseguiram cumprir.Farto deste corja socrática trapaceira.
Está farto de trapaceiros e votaste nos estarolas. É o mesmo que estar farto de pedófilos e ir pedir ajuda ao Bibi!
Será preciso lembrar as promessas feitas e as certezas no discurso de já basta de austeridade. Não sei se reparou que o país está agora pior do que quando o anterior governo deixou o poder. Vá-se informar antes de vir para aqui debitar asneiras a granel!
Um ano depois ter que ouvir esta arrastadeira idiota e invertebrada, lacaia dos principais responsáveis do estado do país, com a lenga-lenga do costume do contra o PEC IV esqueceu-se de dizer que tudo o que prometeram para contrariar o dito, nada conseguiram cumprir.Farto deste corja estarola de coelheira trapaceira.
Tás farto emigra, ou SUICIDA-TE, javardão!
Senão vais mesmo ter que OUVIR ESTAS VERDADES PARA O RESTO DA TUA VIDA INTEIRA, ouviste bem? E estás preprado para aguentares esse massacre? INTERMINÁVEL?.........................
Este Artiguinho não é nada, nadinha de nada, comparado com o que ainda terás que suportar, se tiveres saúde mental e anos de vida suficientes...
A VERDADE CUSTA-TE MUITO A OUVIR, NÃO É, MEU DEFICIENTE MENTAL E INSUFICIENTE MORAL?
Este imigrar não imigra...deve ser mais um fanfarrão, da corja dos que lá estão, a ver se vai ao pote.
Mas as contas das brincadeiras da canalha no recreio vão chegar.
Ao comentador a soldo do da propaganda,
O que está aqui em causa é factual ou seja,a promessa eleiçoeira e embuste para ganhar eleições e ir ao pote,a recusa do aumento de impostos à custa de cortes nas gorduras do Estado e não mais contra as pessoas.Afirmar que o PEC IV daria em nada depois do acordo formal da BCE e da UE nem a bruxa da SIC se atreveria a tanto,isto é, é puro juizo de valor.Se considera que vive melhor do que há um ano e não pertence à elite ou antes seita que chafurda no pote,candidate-se já ao Guiness e difunda o segredo.
Diz-se por ai que com o PEC IV estariamos na mesma ou pior...não sabemos. Mas factos são factos e os factos dizem que estamos pior do que estavamos na altura do chumbo do PEC IV.
Outro facto é o termos todos sido avisados de que iriamos estar pior caso chumbassemos o PEC IV. Mas há gente que têm de vêr a coisa acontecer á sua frente( e pagar com o desemprego) para finalmente abrir os olhos.
Entre a certeza do aviso ( de que iriamos ficar pior) e a incerteza do pacote PEC IV a escolha era clara mas o povo Portugues estava , infelizmente , cego.
Votem com a cabeça e não com o coração da próxima vez, que os destinos de um país não são uma partida de futebol.
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