quarta-feira, setembro 26, 2012

— Estou viiiivo!
— Não, estás é mal enterrado...

• João Cardoso Rosas, Voltar atrás:
    ‘Pode um Governo voltar atrás em decisões importantes e anunciadas com solenidade e, ainda assim, sair politicamente incólume? Claro que não.

    (…)

    Mas o problema não acaba aqui. Um dos ensinamentos mais antigos e permanentes da Teoria Política - vem desde Platão e do seu estudo da sucessão dos regimes políticos... - diz-nos que os Governos acabam não tanto devido à contestação externa, mas antes de mais devido à divisão interna (embora exista uma relação dialéctica entre ambas, claro). Ou seja, são as clivagens no seio do Governo, entre PSD e CDS, mas também entre ministros nomeados pelo PSD, que mais claramente ilustram, para quem quiser ver, o plano descendente em que este Governo se precipitou a si mesmo.

    (…)

    Na política nacional, o primeiro-ministro terá de reconhecer que, afinal, os resultados do Governo na consolidação das finanças públicas não são os esperados, afinal, o rácio da dívida em relação ao PIB continua a crescer, afinal, a aposta no consumo e no investimento público (com fundos europeus) não pode ser abandonada, etc.

    Para o actual Governo, "voltar atrás" é agora a única saída e, ao mesmo tempo, a redução a zero da sua credibilidade política.’

3 comentários :

Anónimo disse...


Só lembrar que a legitimidade de um governo é em DEMOCRACIA, dada pelos votos dos eleitorese não é por analistas politicos mais ou menos disfarçados mas bem alinhados, ou por manifestações de rua ou greves que a tal legitimidade acaba aliás o exemplo que se pode dar é o do último governo do sr Pinto de Sousa não tendo maioria absoluta que se saiba não deixou de ter legitimidade por tal facto. Realmente a falta de memória começa a ser um problema grave na politica Portuguesa especialmente quando isso convém.

Pandil disse...

Só para lembrar que o PSD foi eleito maior partido, jurando que sabia exactamente como estavam as contas publicas, garantindo que não tirava subsídios a ninguém e que não aumentava impostos. Realmente a falta de memória começa a ser um problema grave na politica Portuguesa especialmente quando isso convém.

Anónimo disse...

Citar Platão para este governinho é
como atirar pérolas a porcos!!!