terça-feira, outubro 02, 2012

Borges: recebe ordens de Passos ou dá-lhas?

• José Vítor Malheiros, A chatice da democracia [hoje no Público]:
    ‘A declaração não é preocupante por nos revelar que António Borges é aquilo que no Reino Unido se chama em linguagem técnica um pompous ass. Também não é preocupante pelo paternalismo deslocado do chumbo virtual no primeiro ano de gestão com que brindou os seus críticos. Nem sequer por revelar este nojo de Portugal e dos portugueses que com tanta frequência assalta o seu discurso e o enche de tiques nervosos. E também não é preocupante pela ausência de argumentação com que decidiu defender a sua medida, nem por ter preferido um insulto fácil em vez do debate racional que a posição de professor que tanto gosta de invocar aconselharia. Nem sequer pela irritação que demonstrou e que contraria tão frontalmente o que deve ser a fleuma de um consultor do Governo. Nem sequer pela indelicadeza de decidir insultar os empresários quando se dirige a uma assembleia de empresários. Nem pela insensatez de provocar os empresários quando, como responsável pelas privatizações - ninguém sabe bem o que António Borges é de facto, nem qual o seu grau de responsabilidade, se recebe ordens de Passos Coelho ou se lhas dá, mas é algo parecido com isto - lhe compete tentar atraí-los para a mesa das negociações. Nada disso. A declaração é preocupante porque revela quão pouco António Borges sabe sobre as pessoas, como despreza os seus sentimentos e a sua vontade e como menospreza a política.

    Acredito que António Borges saiba fazer contas e acredito que conheça alguma coisa (ou muito, é irrelevante) sobre teoria económica e finanças públicas. E é um facto que o homem já ocupou cargos de grande relevância - como fazia notar, com uma reverência um tudo-nada deslumbrada, Alexandre Soares dos Santos, que o contratou para a administração da Jerónimo Martins. Acredito ainda que António Borges possua uma invulgar capacidade para gerir o seu tempo - o que explicaria como a gestão das privatizações, as renegociações das PPP, a reestruturação do Sector Empresarial do Estado e a monitorização da situação da banca, responsabilidades que Pedro Passos Coelho lhe atribuiu, lhe tenham deixado tempo livre para poder acumular com a administração da Jerónimo Martins.’

1 comentário :

Anónimo disse...

Há uma corrente de psicologos que considera esta gente de má formação como Borges, gente com traços de psicopatia.
Há muitos como ele pelo mundo da finança afora. Gente que subiu demasiado depressa, demasiado alto , sabe-se lá como e que atribui a si própria um valor espetacularmente inflacionado.
Não lhes é fácil lidar com o fracasso. E como não conhecem os espelhos ( e são mal formados a nivel educacional) disparatam para quem acham que não os merece.
O lugar do Borges é num sanatório mental, não na posição que ocupa.Demissão já.