terça-feira, outubro 30, 2012

“Unidade de todos os portugueses honrados”


      ‘Quando alguns falam de alternativas nem sempre querem dizer realmente o que pretendem. Tratar-se-á apenas de alternativas ao Memorando da troika e ao financiamento actual das finanças públicas? Tratar-se-á, além disso, no quadro do mesmo modelo de sociedade, de proceder a correcções – ajustamentos – às políticas económicas e financeiras que foram desenvolvidas nos últimos anos? Ou tratar-se-á já de propor e desenvolver um quadro político, económico e jurídico diferente, que, de um modo decisivo, supere os impasses a que o programa político dominante ao longo de mais de trinta anos nos conduziu?

      (...)

      Prosseguir um país e poder projectar para ele uma sociedade mais perfeita exige, nas actuais circunstâncias, o maior consenso possível entre todos os portugueses honrados. De outro modo, amanhã ou depois, poderá já não haver país para mudar.’
        António Cluny, presidente honorário do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, hoje no i

Quando Cunhal apresentou ao Comité Central, em 1964, o informe Rumo à Vitória, de que ficou para a posteridade a proposta de “unidade de todos os portugueses honrados”, não estaria certamente a pensar que isso viesse a significar uma combinação à sorrelfa com o Governo mais reaccionário da democracia portuguesa, que se traduz na passividade sindical a troco de borlas nos transportes públicos e de alguns benefícios fiscais ao arrepio do que atinge a população em geral. De resto, esse acordo com os “portugueses honrados” foi tomando forma quando Sócrates eliminou o subsistema de saúde de que beneficiavam os magistrados, para além daquela outra medida aborrecida que foi a redução das férias judiciais.

4 comentários :

Anónimo disse...

Passividade sindical? O PS não tem emenda. Alguma sindical é menos passiva do que a CGTP? Alguma sindical é mais passiva do que a UGT?
O PS deve pensar que tem direitos especiais sobre o PCP? Deve pensar que o PCP tem a obrigação de votar contra aquilo que defende para proteger os trafulhas do PS.

Depois, que eu saiba foi Sócrates que de um lado demitiu-se e de outro chamou a troika. Sócrates que sempre dizia que Portugal não precisava da troika. Se não precisava porque é que a chamou? Se havia dinheiro porque é que Sócrates chamou a troika antes das eleições? Se recordarmos o que dizia o PS não havia motivo nenhum para uma necessidade tão urgente de entregar o país à troika, se recordarmos o que dizia o PS era suposto Portugal ter dinheiro, não estar falido a ponto de chumbado um PEC que já era o IV depois de outros 3 que eram supostos, a cada um, serem o suficiente para o encaminhamento de Portugal.

E ainda é da responsabilidade do PS que agora governe o Passos e o Portas pois o que as políticas do PS sugeriram à maioria absoluta dos votantes, depois da demissão de Sócrates, é que o Passos e o Portas eram preferíveis ao Sócrates.

O Povo preferiu Passos e Portas a Sócrates. Esta é a herança eleitoral das políticas do PS.

João.

Anónimo disse...

Os magistrados são a pior espécie profissional em Portugal, lambem qualquer bota desde que cheire a poder, na sua maioria são de direita e os restantes são da direita comunista.
Lancelote

Molotov III disse...



Ignorância e imbecilidade juntas, em qualquer proporção que seja, resulta sempre numa mistela intragável.

Quando não num "cocktail" explosivo,

para as meningezinhas, claro....

james disse...

"o maior consenso possível entre todos os portugueses honrados."

Já na Faculdade este fulano tinha um discurso assim nas RGA e outras - bafiento e engraxador.