Augusto Santos Silva escreve no Facebook sobre a Casa da Música:
- '1. Em que estás a pensar?, pergunta-me esta maquineta. Ora estou a pensar na Casa da Música. Ou mais propriamente, porque é que a direita não gosta da Casa da Música?
2. Estranho, não é? Mas verdadeiro. A direita combateu a construção da Casa da Música pela Porto 2001, como exemplo maior de "desvario e megalomania artística". A direita, logo que pôde, colocou na administração uns comissários que fizeram todos os possíveis para parar o projeto. (Com a exceção, honrosa mas impotente, do então ministro Pedro Roseta). A direita local e nacional, camarária e governativa, perseguiu o pianista Pedro Burmester como se fosse o autor de um crime - ele, que havia sido o símbolo de uma grande ideia. A direita não conseguiu resolver sequer o problema orgânico da Casa. E, agora, a direita dá o dito por não dito, cortando mais à Casa do que corta a instituições culturais pelos vistos mais próximas do poder, mas muito menos eficazes na sua missão.
3. E eu pergunto: porque é que a direita insiste em politizar estas coisas?
4. Porque é que a nossa direita acaba sempre por traçar uma fronteira entre si própria e a cultura? Porque é que a nossa direita não segue o exemplo de tanta direita civilizada que há por essa Europa fora?
5. Ainda por cima, estúpida. Porque ainda não será desta vez que vai conseguir acabar com a Casa.'
1 comentário :
a resposta está no ponto 4. a nossa direita é e sempre foi uma amalgama de gentes incivilizadas.
Nem os porcos querem nada com essa gente.
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