quinta-feira, janeiro 03, 2013
A direita com as garras de fora
Eduardo Catroga, com a sua reconhecida sensibilidade de elefante numa loja de porcelanas, revela o seu pedigree democrático. Mas também antecipa a estratégia da direita para tentar virar do avesso o regime democrático.
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OE-2013
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13 comentários :
Durante os anos da ditadura poucos teriam dúvidas sobre o que era a direita.Claro que havia pessoas a favor, mas isso é uma questão perfeitamente normal, por interesse, comodismo ou convicção, haverá sempre gente apoiante de regimes absurdos e cruéis.
Desde o 25 de Abril de 74, a direita começou o seu lento e difícil trabalho de convencer as pessoas de que era outra coisa e não aquilo que sempre foi.Devagar, lentamente, mas com a força dos interesses e do capital foi levando a água ao seu moinho, embora, talvez por ainda não estar completamente segura, sempre teve um discurso cauteloso e adocicado.
Hoje, já não há entraves, foram retirados todos os véus e a verdade está novamente exposta, para que todos a possam contemplar.
Os motivos desta segurança e desfaçatez da direita são, por demais, conhecidos.
Os próximos anos e as eleições que neles acontecerão, tirarão todas as dúvidas sobre o que os portugueses desejam. Após estes recentes anos de trevas muito trabalho haverá a fazer, veremos se Portugal resistirá como sociedade plural e solidária.
A verdade está à vista, ninguém poderá dizer, a partir de agora, que não os conhecia, que não sabia quem eram nem o que faziam.
O futuro próximo ditará se seremos escravos ou voltaremos a conquistar a nossa liberdade.
Pois, o pilar da nossa democracia não pode ser um entrave à governação. Esse pilar, para o Catroga, é um mero pentelho.
«Temos de rever as leis do Futebol para não serem um entrave às "mãos de Deus"» (versão soft), ou
«Temos de rever o Código Penal para não ser um entrave aos linchamentos populares» (versão hard).
Serve-te, PINTELHOSO?
Garras de fora, o animal?
Foi por causa desse grave problema das garras de fora que os Pitecos inventaram os... machados.
Parece é que vamos ter de usá-los novamente, muito em breve.
Não passa de um "pentelho".
Bom almoço a todos...
Temos de rever muita coisa, lá isso temos.
E uma delas é o uso da violência selectiva contra quem nos anda a chatear.
O Povo aguenta? Ai aguenta, aguenta, mas só até ao ponto de rebuçado! E estamos quase lá...
Muito mal, seu Catroga.
Eu cá penso, pelo contrário, que é preciso mudar a governação para que seja respeitada a nossa Constituição.
Topas?
Concordo , em absoluto, com o comentário do "Baltas". Mas , como concretizar a mudança de governação?
Caro Anónimo,
penso que a necessária mudança de governação passa, essencialmente, por dois vectores (ou tensores...):
1º) Formar uma Coligação governativa, com base na composição atual da A. R., entre todos os Partidos que se comprometeram com o MdE (vulgo "troika"), a vigorar até ao fim do prazo do "resgate" e liderada por uma personalidade idónea e corajosa, independente ou do PSD, como Partido mais votado, tipo-Rui Rio (solução "Mário Monti", que tem tido bastante sucesso em Itália);
2º) Desinfe(s)tar drasticamente a Procuradoria-Geral da República e erradicar, de forma implacável e definitiva (por meio de medidas excecionais, se necessário - declarando o estado de emergência?), a atual promiscuidade entre a P.-G. R. e a Comunicação Social, o que impede na prática que as pessoas decentes e honestas se dediquem aos assuntos de Estado.
Não é fácil, reconheço, mas tornou-se imperativo. Exige, contudo, uma condição indispensável: um Presidente da República que não seja um cobarde relapso e negligente.
O primeiro passo a dar no sentido de um verdadeiro Governo de Salvação Nacional é, por isso, despoletar a destituição de Cavaco Silva na A. R., o que, por sua vez, requer a prévia substituição de Tó-Zé Seguro por um verdadeiro líder socialista, republicano e democrático.
Eu avisei que não era nada fácil, mas, como dizia o Gen. Foch aos Ingleses em Ypres, em Outubro de 1914, "não é fácil, mas é absolutamente necessário (não retirar)". E de facto, muito por causa da pesistência do Saliente de Ypres nas mãos da "Entente", o Império Alemão acabou derrotado.
Catroga presta aqui um péssimo serviço a Passos Coelho e Gaspar (vá lá...).
A legitimidade da atual solução governativa decorre da normalidade constitucional. Caso ocorra uma violação da Lei Fundamental, esgota-se nesse preciso momento a legitimidade democrática de Portas e Relvas. Ou melhor, resta-lhes a mesma legitimidade do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães em 1933, que também vencera as Eleições, mas depois incendiou o "Reichstag".
Obrigado, seu Catroga.
Mas esta gente ainda não se deu conta de que a ditadura acabou há quase 40 anos?!
E os jornais e TVs continuam a dar tempo de antena a estes imbecis PORQUÊ?!!!
Este Catroga envergonha-me, como português e como cidadão com a educação decente que o meus pais me souberam dar, que claramente faltou a esta besta.
Se os paizinhos deste facínora não lhe deram educação, alguém lha dará um dia. E não perde pela demora.
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