terça-feira, maio 28, 2013

Menos austeridade para crescer e aumentar o emprego

Manuel Caldeira Cabral escreve (mais) um artigo de leitura obrigatória: OE de 2014: moderação pode resultar em menos desemprego e menos dívida. Eis um extracto, sugerindo-se que seja lido na íntegra:
    ‘Num momento em que Portugal recebe a visitado presidente do Eurogrupo e se fala da flexibilização das metas para 2014, este artigo coloca duas alternativas, e as suas consequências.

    Uma alternativa é a proposta que Vítor Gaspar fez à Troika, que passa por um corte de 4 mil milhões na despesa. Outra, que parece merecer consenso entre outros membros do Governo, do PSD, CDS e PS, seria um cenário alternativo de congelamento da despesa.

    O cenário alternativo (congelamento da despesa - cenário B no quadro abaixo) tem a virtude de abrir a possibilidade de crescimento já em 2014, o que, a menos que haja uma alteração radical da política europeia é bastante difícil que possa acontecer, no cenário de corte de 4 mil milhões.

    O cenário alternativo tem o defeito de resultar num défice mais elevado, tendo como base central um défice acima do acordado com a Troika No entanto, é bom salientar que ao défice mais elevado não corresponde um rácio dívida/PIB maior. Antes pelo contrário, uma escolha pelo congelamento da despesa, em alternativa ao corte de 4mil milhões, deverá resultar num aumento mais moderado do rácio dívida/PIB.

    O quadro abaixo apresenta valores centrais associados aos dois cenários. Admite-se em ambos os casos a manutenção das taxas de imposto e que 2014 seja um ano de recuperação moderada na Zona Euro, o que permite prever que o corte de 4mil milhões resulte numa recessão de apenas l%, enquanto o congelamento das despesas possa ser compatível com um crescimento de 1%, colocando fim a três anos consecutivos de queda do PIB em Portugal.’

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