terça-feira, junho 04, 2013

Mosquitos por cordas

Capitais angolanos adquiriram uma posição maioritária na Controlinveste, preparando-se para despachar de uma assentada a TSF, o Jornal de Notícias e O Jogo. O Diário de Notícias, descredibilizado pelas continuadas tropelias da secção laranja, vai dar entrada nos cuidados intensivos, tendo os amigos do Dr. Relvas anunciado o despedimento de muitos trabalhadores (entre os que não se piraram para os gabinetes ministeriais). Parece, assim, evidente que o anúncio da morte política do Dr. Relvas foi manifestamente exagerado.

Muito embora os planos do Dr. Relvas tenham sofrido alguns percalços, ao não conseguir entregar a RTP à Newshold, a verdade é que os capitais angolanos já detêm posições relevantes nos órgãos de comunicação social portugueses: o Sol, o i, 15,08% da Cofina (que possui o Jornal de Negócios, o Record e o Correio da Manha) e 1% da Impresa.

Este súbito entusiasmo dos capitais angolanos pela informação produzida em Portugal faz crer que, a par da reconstrução da economia de Angola, há a preocupação de levar a cabo a reconstrução da História. A acumulação primitiva de capital precisou sempre de ser bem embalada para poder vir a ser trauteada pelas Helenas Matos deste mundo.

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