• Manuel Caldeira Cabral, A crise, a reacção à crise e a discussão nas eleições Alemãs:
- ‘A queda do PIB afectou de forma mais acentuada os países do Sul da Europa, deixando a ideia de que estes foram os únicos países prejudicados pelas opções políticas tomadas. Internamente a chanceler alemã conseguiu durante muito tempo vender a ideia de que tinha conseguido isolar a Alemanha das consequências da tempestade na Europa.
No entanto, os dados desmentem esta tese, sugerindo que os países do Centro da Europa também estão a ser afectados. Nos dois últimos anos houve uma forte redução nas taxas de crescimento não só dos países do Sul da Europa, mas também da Alemanha, França, Holanda e vários outros países do Norte da Europa.
A oposição alemã tem razão em criticar o legado da chanceler Merkel. A Alemanha também está a pagar, em perda de crescimento, o PREÇO da austeridade que impôs à Zona Euro. O peso do seu sector exportador e a redução de juros que conseguiu atenuaram estes efeitos, face ao Sul da Europa, mas no fim uma verdade simples impôs-se: o que é mau para a Europa não pode ser bom para a Alemanha.’
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