sexta-feira, janeiro 24, 2014

Referendo condenado

Passos Coelho ao jornal i

• Fernanda Câncio, Referendo condenado:
    ‘Não é a primeira decisão de tribunais europeus a tornar claro que, como o TEDH [Tribunal Europeu dos Direitos Humanos] disse em 2002 a propósito destes temas, "os Estados não têm carta-branca para exercer poder arbitrário". Uma advertência que deve ser dificilmente compreensível a uma maioria que se especializou na arbitrariedade, no desrespeito pela Constituição e no insulto ao Tribunal Constitucional, e que só ajoelha perante as decisões europeias que mandem reduzir défice e aumentar austeridade. Mas não nos equivoquemos: o primeiro-ministro que em 2010 dizia achar que a proibição de adoção para casais homossexuais é inconstitucional pode estar-se nas tintas para os princípios, não ter uma pinga de vergonha e achar incompreensível a noção de direitos fundamentais e decisões neles baseadas, mas não quer um referendo. Só quer empatar e poder dizer aos integristas conservadores cujo apoio deseja que fez tudo o que estava ao seu alcance. E, brinde, passar a batata quente a Cavaco.’

1 comentário :

Rosa disse...



Manobra vergonhosa e antidemocrática do PSD...só comparável à recente "demissão irrevogável" de Paulo Portas.