• Francisco Teixeira da Mota, Heróis desconhecidos no mundo da Justiça:
- «Está finalmente esclarecido o mistério do crash informático do Citius! E, contrariamente ao que se poderia pensar, não foi só o despacho de arquivamento do inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que veio trazer à luz do dia as verdadeiras razões do caos/transtorno/embaraço que, neste momento, deu origem a um descalabro do próprio ministério. (…)»
- «(…) Mas a estocada de mestre foi dada na resposta a um pergunta sobre a não alteração da data de eleições por parte do Presidente da República. "Não sou eu que tenho um problema, é o Presidente da República." Na verdade, não recuando a data das eleições, e ao afirmar que o próximo governo terá de possuir um apoio maioritário na Assembleia da República, Cavaco Silva acaba por definir uma de duas vias: ou o PS, ou outro partido, obtém maioria absoluta e pode formar governo sem problemas de maior, ou nenhum partido a obtém e o País fica refém de um presidente nessa altura já sem poderes para alterar seja o que for. Se as eleições forem entre 14 de Setembro e 14 de Outubro de 2015, só alguns meses depois, e já com novo Presidente entretanto eleito, este poderá exercer as funções constitucionais que permitam negociar um governo maioritário. Até lá, o país que se governe sem governo. Novidade? Nem tanto.»
- «É preciso topete, como diria Freitas do Amaral, que o governo que mais aumentou os impostos aos portugueses se indigne agora com uma taxa de um euro, cobrada pela cidade de Lisboa, a turistas. Prática aliás corrente por essa Europa fora, sobretudo nos maiores destinos turísticos. Em Veneza, por exemplo, são cinco euros. Em Amesterdão ainda pode ser superior pois o município cobra 5,5% do custo do alojamento. Em muitas cidades, para além das taxas que incidem sobre as dormidas, existem também preços diferenciados para turistas nos transportes, nas entradas de museus e noutros locais. Enfim, banal. Porquê então tanta agitação? Como acontece com frequência em política, a origem do alvoroço não está no assunto propriamente dito. A taxinha é irrelevante. O problema são as eleições. O governo e os partidos que o apoiam estão em pânico e já em plena campanha. Veja-se aliás o recente tempo de antena do PSD. (…)»
1 comentário :
O ministro Pires de Lima esteve ontem na TVI numa entrevista dirigida por José Alberto Carvalho.
Lá foi confrontado com o vídeo da sua recente exibição no Parlamento, tendo oportunidade para fazer o seu "disclaimer" auto-justificativo.
Prosseguiu então com a sua tese sobre os malefícios da taxa turística em Lisboa, com todo o espaço para discursar.
E o Sr. Jornalista não foi capaz de fazer uma, mas uma perguntinha apenas. Confrontá-lo, educadamente, com os argumentos tornados públicos pelo próprio Presidente da Câmara, sobre o valor da taxa e o seu contexto na política fiscal municipal em sede de IMI (taxa mínima), IRS, isenção de derrama, bem como a redução das despesas do município e a redução dos encargos da dívida Lisboeta.
Para que serve então um jornalista. Mais valia terem chamado à sessão um tempo de antena e começado com os logotipos do CDS/PP/PSD.
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