• David Pontes, A linha vermelha:
- «Já houve uma linha vermelha neste Governo, que culminou na sua maior crise e há agora outra a erguer-se no horizonte que se pode revelar a sua maior ameaça. A primeira linha vermelha foi a que Paulo Portas traçou para rejeitar a ideia da "TSU dos pensionistas". Uma linha que definia a tentativa do PP de capitalizar junto do seu eleitorado, apesar das medidas pouco simpáticas a que estava obrigado o Governo, numa atitude que atingiria o seu clímax com a saída de Vítor Gaspar e a demissão "irrevogável" de Portas, menos de dois meses depois.
A outra linha vermelha que ameaça o futuro político da maioria é a que separa a "austeridade suportável" da "austeridade acima das suas possibilidades". A linha entre achar aceitável levar com um "enorme aumento de impostos", até sair da "sua zona de conforto" para emigrar, mas considerar intolerável que os apertos coloquem em risco os cuidados que se espera que o Serviço Nacional de Saúde preste. É a linha que separa a vida da morte e, nas últimas semanas, tem sido, infelizmente, cruzada algumas vezes. (…)»
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