Freitas do Amaral foi ontem o convidado do programa Grande Entrevista da RTP Informação, que pode ser visto aqui. Uma parte substancial da entrevista incidiu sobre a detenção de José Sócrates e a violação do segredo de justiça na «Operação Marquês». O Sítio com vista sobre a cidade fez vários vídeos reproduzindo passagens da entrevista. Eis dois desses vídeos:
quinta-feira, fevereiro 26, 2015
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6 comentários :
Um Grande Senhor, grande teórico do direito e politico dos raros, fundador da nossa democracia. Atento, culto, humano, corajoso, não infalível. Daqueles que as medíocres e vis elites se dão ao luxo de desprezar e irradiar. Dá sempre gosto ouvi-lo, na solidez dos princípios e nos detalhes subtis do pensamento. Aprende-se algo, com espanto.
Acabei de ver a entrevista...
Freitas no seu melhor...e a pôr o dedo em todas as feridas.
pareceu-me que ouvi ganir aquela da nódoa.
Frases que impõem respeito:
“NÃO BASTA SER SÉRIO, TEM QUE PARECER SÉRIO"
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-Proferida por José Mouraz Lopes, juiz conselheiro do Tribunal de Contas e presidente da associação sindical de juízes portugueses, em Ferreira do Zêzere, dia 21/fev/2015, numa conferência sobre "A corrupção e o conflito de interesses", a convite da CM local.
Uma máxima que, segundo ele, se exige a todos os que desempenham cargos públicos, lida no jornal "O Templário" (de Tomar) de 26/2/15. A subjetividade em todo o seu esplendor num juiz. Ora a subjetividade varia de acordo com o julgamento de cada pessoa, em que cada indivíduo pode interpretar à sua maneira. Prontos. É subjetivo. E é para explorar esta subjetividade sobre matérias em curso na justiça por parte dos portugueses que parece estar em marcha uma quinta coluna deste governo no percurso até às legislativas a cargo da associação sindical de juízes, aqui personificada pelo juiz Mouraz Lopes. Quantas mais conferências destas irão ter lugar pelo Portugal profundo até às eleições...?
Ou seja: posso ser sério, mas não chega. Outra condição mais importante se exige: que na análise subjetiva do juiz Mouraz eu pareça mesmo sê-lo. Caso contrário, todos os alexandres e rosários da nossa justiça podem enviar-me para o chilindró. Prevalece o provérbio sarcástico de que "Mais vale parecê-lo que sê-lo".
Mais uma vez, mais um jornalista a fazer uma triste figura. Que miséria de jornalismo e de jornalistas temos neste país. Uma vergonha.
Pois será. O problema (gravíssimo) é que isto já não vai ao sítio só com conversas de doutores.
Pior que isto, só haver tantos bem-intencionados que ainda não conseguiram entendê-lo.
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