quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Leituras

• Fernanda Câncio, Albano Matos (1955-2015): um dos últimos:
    «(…) Albano Matos, 59 anos, escritor. Ou o último dos duros. É assim que a amiga desde a adolescência e militância no MRPP pré-25 de abril Ana Martins Cruz, 58 anos, também jornalista que trabalhou para o Albano editor de Cultura do DN, lhe prefigura a lápide. "O que quero dizer com "o último dos duros"? Que resistiu até ao fim. Sempre foi jornalista mesmo como editor. Foi sempre Albano Matos, escritor, writer, como dizem os americanos - é aquilo que somos. Com as adversidades todas resistiu sempre dignamente. Era uma coisa que estava dentro dele, era assim desde os 15 ou 16 anos." (…)»
• Ferreira Fernandes, Prognóstico antes do fim do jogo da Grécia:
    «(…) Nada nos limpará da indignidade de nos terem passado a mão pelo pelo e termos abanado o rabo. (…)»
• Hugo Mendes, Sobrevivência:
    «1. A retoma de 2014 faz lembrar 2004. Tal como em 2014, em que o crescimento assentou totalmente no contributo da procura interna, 2004, depois do governo PSD/CDS ter atirado a economia para a recessão em 2003, foi o ano da década passada em que a procura interna mais contribuiu para o aumento do PIB (3,2 p.p.). Em ambos os anos, a viragem coincidiu com um reforço do poder do CDS na coligação (apesar do espalhafato de Portas com os banais dados das exportações, o CDS sabe que a sua sobrevivência depende da procura interna). A diferença é que a retoma de 2014, depois de uma longa recessão de 3 anos, vale metade da de 2004 (0,9% contra 1,8%), prefigurando um "novo normal" de uma economia estagnada, com menos 500 mil empregos e o dobro da dívida pública. (…)»
• Rui Pereira, Um hino à vida:
    «(…) Possivelmente, Hawking é o cientista mais famoso depois de Einstein. Para além da investigação, ainda lhe sobrou tempo para escrever obras "acessíveis" a gentios como eu (‘Breve história do tempo’; ‘O grande desígnio’), casar duas vezes e fazer três filhos. Mas, acima de tudo, tem especial significado que alguém incapaz de manter a cabeça direita e olhar para as estrelas seja uma pessoa tão apta para ver ao longe e perscrutar no "big bang" e noutras "singularidades" o único Deus em que acredita: as Leis da Física, com que substituiu o "Grande Relojoeiro" de Isaac Newton. (…)»

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