sábado, abril 04, 2015

Desemprego


• Teixeira dos Santos, Desemprego:
    «(…) perdemos mais de 700 mil empregos. Em média, cada empregado produz cerca de 37 500 euros por ano. O país está assim a perder anualmente uma produção de 26 mil milhões de euros. O impacto nas finanças públicas é também significativo. O Estado cobra a título de impostos e contribuições cerca de 30% da produção gerada na economia. Assim sendo, aquela perda de produção implica uma perda de receita que permitiria reduzir o défice em cerca de 4,6% do PIB.

    A criação de emprego é um imperativo económico e financeiro porque aumenta os recursos disponíveis para financiar novo investimento e sustentar as políticas públicas. Mas é acima de tudo um imperativo social para promover a inclusão social e económica de milhares de portugueses. Mais emprego exige mais crescimento. Que crescimento? A que ritmo? Que políticas? Apostar em setores modernos e competitivos que promovam a requalificação e a empregabilidade dos recursos humanos? Quais? Deixo estas questões para uma próxima reflexão. Mas, uma coisa é certa, crescer em torno de 2% ao ano é manifestamente insuficiente.

    Termino com um alerta. O crescimento não resolverá tudo. Há que promover políticas de ocupação/reinserção dos que terão dificuldade em regressar ao mercado de trabalho e políticas sociais que reduzam o risco de pobreza e de exclusão social. Não esqueçamos que muitos do quase meio milhão de desempregados de longa duração deixam de beneficiar do subsídio de desemprego e o risco de pobreza e exclusão é para eles enorme. O problema é real e não pode ser ignorado. Por isso, deve estar no centro das nossas preocupações.»

5 comentários :

Anónimo disse...

Crescer e enriquecer por decreto, não,sei como é que não nós tínhamos lembrado disto antes.

QualquerUm disse...

Não é por decreto. É a fazer por isso.

lidiasantos almeida sousa disse...

Entretanto. lá chegou o Taxito do Montepio. Era para ser na Caixa Geral de Depósitos mas os BOIS DO PSD não deixaram. O Pagamento dos traidores, nunca falha.

Anónimo disse...

Este prof. Teixeira dos Santos, muito competente, bastante profundo e de espinha direita, acagaçou-se.Com vastos serviços prestados à nação, não o nego (e ao PS), deu-lhe por fim (exausto e acagaçado com os banqueiros) para degenerar para a traição. que ele interpreta defensivamente como acto de consciência e de coragem. De fidelidade à Nação! Acontece mesmo aos melhores. Deu-lhe para a traição, que reafirma com orgulho. De resto, documentada no livro do David Dinis "Resgatados".
Mas provou-se mais uma vez que- Roma traditoribus non praemiat/"Roma não paga a traidores". O Amado saiu-se melhor, pois é mais descarado. Teixeira acabou enfim por ser recompensado com um cargo bastante modesto e esteve 4 anos à seca a dar aulas. Que tristeza! Não compensou o orgulho na traição

Júlio de Matos disse...



Sim. Teixeira dos Santos agora já não pode afirmar que o desemprego é o centro das suas preocupações...