• Isabel do Carmo, O reitor Sampaio da Nóvoa:
- «(…) A lei que protocolava a realização das provas datava do regime da ditadura, assinada ainda por Américo Tomás. A votação consistia na escolha de uma bola preta ou de uma bola branca por cada membro do júri e depois procedia-se à contagem. O que estava legislado e era escrupulosamente cumprido era que a votação fosse anónima, em urna fechada. Cada catedrático ia escolher sob as longas mangas da beca uma bola preta ou branca num recipiente onde estavam misturadas e depois colocava-a na urna. Esta cena medieval passada à porta fechada do conselho da faculdade dava lugar a todos os maus instintos, cobardias, vinganças pessoais e sobretudo políticas. E, naturalmente, a um grande stress dos candidatos. Finalmente abriam-se as portas e era anunciado o resultado. Poder absoluto e anónimo. Sampaio da Nóvoa, enquanto reitor, manifestou-se várias vezes contra esta lei, o que aliás deixou escrito em ata. Finalmente, por influência da sua orientação e por vontade de Mariano Gago, a lei foi abolida e substituída por outra, em que a votação deixou de ser anónima.
Ora acontece que, quando a nova lei foi publicada, já as nossas provas, a minha, a do Saldanha Sanches e a de um colega da Faculdade de Ciências, tinham data marcada. Todavia, na publicação da nova lei estava escrito que só 15 dias depois passava a ser aplicada. Prevendo por razões óbvias o que se poderia passar comigo e com o Saldanha Sanches, o reitor Sampaio da Nóvoa telefonou--me, telefonou ao presidente do Conselho Científico da FML, telefonou ao Saldanha Sanches e chamou-nos, facultando a possibilidade de requerermos um adiamento para datas posteriores à aplicação da lei. Sou testemunha de que tivemos essa possibilidade, mas nem eu nem o Saldanha Sanches quisemos. Criaturas que gostam do risco... Saldanha Sanches chumbou. O júri dele foi presidido na Faculdade de Direito pelo reitor Sampaio da Nóvoa, o qual não podia votar. O que se passou na discussão dentro do conselho ninguém sabe, ninguém pode saber, mas os que lá estavam sabem com certeza. Perante isto Sampaio da Nóvoa voltou a telefonar-me, mas eu insisti em ir a provas nessa data. Ele resolveu então ir assistir às minhas provas "à paisana", para testemunhar. (…)»
7 comentários :
Comentário 1: e assim se desmascara um palerma;
Comentário 2: diz-se que a criatura é dada a hóstias. Vai ter boas contas a prestar a Nosso Senhor.
o zé luis queria mazé armar barraca e conseguiu, antes e depois.
Se a direita não gosta nadinha de Sampaio da Nóvoa e anda com tanto medo dele, então é por que ele é mesmo o candidato adequado para ser um verdadeiro e bom Presidente da República, coisa que já não temos desde que um outro Sampaio foi PR. M.
Vocês leram o Viriato Soromenho Marques, hoje, dia 14, no Diário de Notícias? O homem falava de José Sócrates ao nível do Correio da Manhã. Miserável. No mesmo jornal, outro miserável, Manuel M. Carrilho, também condenava à morte política e à morte moral o engenheiro José Sócrates. De Manuel M. Carrilho, pura matéria negra, não vale a pena falar. Viriato S. Marques, porém, coloca-me uma dúvida ou uma interrogação:como é que um homem que escreve artigos admiráveis de sabedoria e lucidez, sempre que fala de José Sócrates se transforma num imbecil sem ética?
Procederam com inteligência a Isabel do Carmo e o Saldanha Sanches ao não alterarem a data da sua prestação de provas: deram à direita marcelosa uma oportunidade única de se portar bem. Portou-se mal, com baixeza e cobardia, como é seu timbre. A prova aí está diante de todo o país. Sampaio da Nóvoa mete medo à direita marcelosa precisamente porque é um homem de bem e de coragem. Isto tem de ser dito, em bem alta voz, por todo o país. Os jornais estão vendidos e pejados de mercenários, mas então façam-se panfletos, como no tempo da ditadura, usem-se os jornais regionais e as redes sociais, escreva-se nas paredes, rerpita-se nos comícios. Porque quem criou a actual situação do país foram os filhos dos fascistas. E eles têm nome.
O Carrilho não esconde o despeito por ter sido corrido de Paris, em virtude do seu comportamento pouco ético (já que fala em ética)! Sempre que pode e lhe dão espaço, desata a verter o verdete da sua frustração e do seu ódio sobre o Sócrates e o PS. Noutros casos, deixa vir ao de cima, o seu instinto animal de macho rejeitado em fascículos cor de rosa, para fascínio da imprensa de comadres (tipo CM)! Quanto ao VSM, subscrevo o quer diz o anonimo da 01:26. O homem tem tiques bipolares consoante o dia da semana, é um facto, mas n posso deixar de registar o tiro nos pés q os advogados do Socrates de vez em quando vão dando. N havia necessidade!
Vi, num programa da RTP2, "Elogio da Paixão" um programa em jeito de conversa "moderado" por Gabriela Moita, conhecida psicóloga portuense, creio.
Os convidados eram Maria Antónia Palla e António Sampaio da Nóvoa...
E, como de paixão se tratava, a destes dois cidadãos era nem mais nem menos do que a Liberdade!Pena o tempo ser sempre pouco para tratar assuntos tão importantes e vastos como este...mas valeu bem a pena...
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