- «Pena que Mariana Mortágua tenha caído na armadilha da Direita.
Segundo a Lusa, a deputada do BE Mariana Mortágua classificou hoje o cenário macroeconómico do PS de "irrealista", nestes termos: "Parece-nos irrealista, do ponto de vista do PS, apresentar um cenário em que diz acabar com a austeridade e, ao mesmo tempo, cumpre à letra e à risca as determinações de austeridade da União Europeia (UE). Nós acabamos com a austeridade, mas conseguimos ter saldos orçamentais positivos e reduzir a dívida na proporção que a UE nos exige. Isto, em si, é a quadratura do círculo e é o que torna este documento irrealista", afirmou a deputada na Assembleia da República.
Tenho imensa pena que a Mariana Mortágua, que não conheço pessoalmente mas da qual tenho a melhor impressão, tenha caído na armadilha da Direita. A tese da Direita sempre foi: se querem Europa, têm de engolir o empobrecimento. Infelizmente, a Mariana Mortágua não encontrou melhor maneira de tentar reagir ao Relatório dos Economistas ao PS do que fazer coro com a Direita, fazer coro com a tese central do "pensamento único": ou se submetem ou saem da UE (ou, pelo menos, do euro).
Pois, o PS não engole o pensamento único. Vamos ficar na Europa e vamos acabar com a austeridade e o empobrecimento. E faço um apelo à Esquerda para que encontre uma linha de debate que não ressuscite a coligação negativa, com a esquerda da esquerda a fazer o mesmo discurso da Direita.»
- Porfírio Silva, no Facebook
15 comentários :
Porfírio Silva em nada contraria o confuso articulado de Mariana M.
O pior é estar convencido de que o faz.
O cenário traçado pelo PS parte do princípio de que permite acabar com a austeridade, cumprindo as regras da UE. Ou não? Acaso o pensamento único europeu não tem lindos pais em Guterres ou Sócrates?
Guterres e Sócrates são os pais da troika do BPN do empobrecimento, dos dias de chuva, dos buracos na estrada, dos preços da electricidade do gás e da gasolina, do BES, do desastre na PT, da crise mundial de 2008, da degradação do SNS da educação e da cultura, das dores de cabeça que as vezes tenho, da miséria moral e da emigração em massa, de uma Europa pouco solidária e servil a Alemanha, da poluição e do aquecimento global, dos incêndios e das cheias da minha unha encravada e dos cabelos brancos que me nascem como cogumelos, da ganancia da gula...eles são os pais de todo o mal.
Estão por trás da criação do euro pois ambos governaram um país com um peso brutal nas decisões europeias eles tinham o poder de vetar qualquer tratado europeu que fosse minimamente desfavorável a Portugal..
Pois é, era inevitável a Mortágua ter esse género de posições, foge-lhe o pé para a chinela. è normal, sendo do BE e sendo Mortágua, e sendo gémea da outra, etc,etc, embora desiluda um pouco, pois até é uma miúda que sabe e pensa. Uma pena! Ora este ser pensante talvez pudesse ter sido objecto de um diálogo sistemático intenso, muito tempo antes, com uma aproximação honesta e envolvimento programado por parte do PS. Mas não, reina a auto-suficiência dos intelectuais de proveta... logo o que sai é cada macaco em seu galho.
Não entendo muitas coisas, mas uma delas é o que afinal defende o Bloco e o PCP? Porque se o que a coligação defende não é o caminho e o que o PS sugere também não (e estou a admitir que são caminhos opostos para o mesmo fim), então qual é a solução? Podemos sp contar com o Bloco e o PCP para esfrangalhar a esquerda porque ou é como eles querem (não sei bem o quê) ou então o PS é tão mau como a coligação...
"Vamos ficar na Europa e vamos acabar com a austeridade e o empobrecimento." Este é o discurso e o caminho. A cassette da direita, do governo e da esquerda de merda que temos, vozes unidas, resume-se a isto: " o ps quer retornar ao despesismo antigo (PSD+CDS) ou mais do mesmo nas politicas e na submissão à direita dos interesses (PCP e BE). O PS n pode engolir o pensamento único que esta coligação espúria quer fazer passar. Essa esquerda n passa daquilo que é e sempre foi, defensora de uma politica de terra queimada e do quanto pior melhor. N passam disso. A direita está borrada com medo de não acabar as negociatas que estão em curso.
Eu aqui lembro-me sempre do Hollande, na França, mas isto deve ser mania da perseguição...ou não...
O pai e a mãe de um governo q destruiu mais o país e o s portugueses são o portasgay e o passos fedor q n passa de um cabra o q toda a vida quis foi putas álcool e drogas e agora anda travestido de governante, ,até a insuspeita caritas diz q Portugal é o pais com mais espectro de pobreza na Europa, tudo gracas a dis merdas q n têm competência, ,capacidade ou inteligência nem espinha dorsal p serem melhores pessoas e politicos
Todos se sentiram ameaçados pelo documento (governo, BE e PCP) porque a todos o PS ROUBA VOTOS com este documento. Todos acusaram o toque. Todos temem que volte a ser possível a maioria absoluta do PS. E re-editaram a coligação negativa que chumbou o PEC IV. Só que o povo não come duas vezes a mesma palha.
É bom que Mariana Mortágua, por quem tenho respeito intelectual, diga ao que realmente vem o BE : saida do euro e renegociação da divida, unilateralmente. Ponto.
Os eleitores julgarão . Agora esconderem-se em rodriguinhos para atacar a alternativa do PS ( de que não gostam, nem tem de gostar) sem mencionarem a alternativa que oferecem é politicamente desonesto. Querer obrigar o PS, que disse claramente que não segue o caminho da saida do euro , a apoia-los nessa solução é futil e ingénuo...ou então é pura má fé.
PSD, CDS e PS já definiram os seus programas e o seu posicionamento face ao euro.
Está na hora da dita verdadeira esquerda o fazer também e aguardar serenamente o veredicto do povo.
SEJAM HONESTOS.
A REALIDADE: PS E PSD+CDS ESTÃO A PROMETER COISAS QUE, NO CONTEXTO IMPOSTO NA UNIÃO EUROPEIA, NUNCA ACONTECERAM EM PAÍSES COM DÍVIDA PÚBLICA ACIMA DE 100% (COMO PORTUGAL) E RARAMENTE ACONTECEU EM PAÍSES COM DÍVIDA PÚBLICA ABAIXO DE 100%.
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/04/o-irrealismo-dos-cenarios.html?spref=fb
Fica claro que as constrições do Euro, da dívida e do Tratado Orçamental, determinam todas as opções de fundo do documento já que o PS, claramente, não pretende colocar em causa nenhuma dessas constrições, pretendendo apenas fazer melhor que PSD/CDS, respeitando tais restrições e apesar delas
ANA SÁ LOPES:
Já sabíamos que a social-democracia europeia era uma corrente política em coma profundo – ou que já morreu e ninguém nos avisou. Através do chamado “consenso europeu” tem acumulado derrotas sobre derrotas político-ideológicas. Ontem, foi a vez do PS português nos mostrar a sua versão particular desta derrota: inventou uma liberalização de despedimentos, recuperou a Taxa Social Única e decidiu dar um pontapé na sustentabilidade da Segurança Social para as gerações futuras.
qua abr 22, 10:11:00 da tarde,
o sucesso do PEC IV era o se a tua avó tivesse rodas ser um camião tir da patinter.
tivestes sorte que a coisa chumbou, de contrários estarieis cá defendendo o PEC agora é que é XXVII.
quem se lembra de colar à TSU do PSD-CDS-PP e não reformar o código de trabalho em bom sentido devia ter vergonha em falar de coligações entre esquerda e maioria.
"já que o PS, claramente, não pretende colocar em causa nenhuma dessas constrições"
Quem lhe disse que não? O PS sempre defendeu que é necessário agir na europa para levar aquela a alterar estas condições do tratado actuais, de forma a que os paises em dificuldades possam ter algum alivio nas suas economias.
Agora não pensem é que a coisa pode ser feita de forma unilateral. O esforço da Grécia nesse sentido é consideravel mas está a revelar-se pifio perante uma parede do norte e a falta de solidariedade e organização por uma causa comum do sul.
Isso não é feito da noite para o dia, e o governo actual tem piorado essa negociação que terá de ser feita , em toda a linha.
Quanto mais não seja para expulsar um governo que não nos defende lá fora e colocar um que pelo menos já nos disse que vai tentar.
O PS tem razão, mas a Mariana Mortágua também pode ter, essa é que é essa. E discutir assim, Porfírio Silva, não nos adianta nada.
Só se for para "conhecer pessoalmente" a Mariana Mortágua (que eu por acaso até conheço - e já fiz campanha autárquica ao lado dela -, mas que nem por isso deixo de a ouvir também criticamente e de querer, acima de tudo, debater este tipo de assuntos, que já quase dizem mais respeito aos meus filhos do que a mim próprio...).
Enviar um comentário