A ministra das Finanças continua a percorrer o circuito da carne assada, preparando, pela mão do inenarrável Marco António, a evolução na continuidade do passismo. Em Ovar, Maria Luís Albuquerque sentiu-se em casa: entre vivas à JSD, tinha à sua frente o ambiente propício para atear o conflito de gerações. Fê-lo, abrindo o jogo.
Tal como o oficial da PSP em Guimarães, esta versão recauchutada do serial killer Gaspar esqueceu-se de que havia uma câmera a filmá-la. Foi o suicídio da coligação de direita:
Via Rui Pedro Nascimento
3 comentários :
Nos tempos áureos... de Cavaco Silva, primeiro-ministro, ocorreu no ensino em Portugal uma diarreia de gestores de empresas formados em estabelecimentos escolares particulares, alguns criados à pressa, ao mesmo tempo que os seus governos incentivavam as empresas a despedir os seus melhores quadros, empurrando-os para a reforma e pré-reforma e, assim, provocando irremediáveis rombos na cultura das mesmas, o que, a par da destruição de setores tradicionais da nossa economia, vergando aos interesses das potências europeias, caraterizou o que se convencionou chamar de "oportunidade perdida". O recrutamento desses novos "quadros" paridos à custa de dinheiros da Europa e de indomável oportunismo no saque dos mesmos tinha invariavelmente o objetico de reestruturar as empresas através de despedimentos e pressão para pre-reformas, ao mesmo tempo que se abriam portas para empregar os seus boys. Muitas empresas caíram na altura devido a essa razia de excelentes quadros. A disciplina mais importante que lhes era ministrada era a de como empurrar para fora da economia esses quadros mais velhos e despedir outros trabalhadores. Dizia-se que era por causa da novidade da informática, difundia-se a ideia de que trabalhadores com mais de 35/40 anos não eram capazes de se adaptar às novas tecnologias emergentes... Cavaco Silva apelava à juventude!... Na verdade o que ele e os interesses que representava pretendiam era afastar das empresas o pessoal que estava mais identificado com a revolução de Abril, que se sindicalizava, que eram militantes partidários, que iam às manifestações, que dinamizavam comissões de trabalhadores, enfim, que tinham vivido, cada um à sua maneira, a luta contra a guerra colonial e contra o Estado Novo e tinham participado no Abril 74.
O ódio a essa gerações de democratas e patriotas que depois haviam de construir uma das democracias mais avançadas do mundo (o SNS, massificação do ensino público, históricas conquistas realizadas pela mulher, etc.) nunca deu tréguas. A forma assanhada e persistente como hoje atacam os reformados tem essa marca reacionária e fascista que nunca abandonaram, que lhes está no ADN. Afinal são as gerações que fizeram história, uma história bonita - a da Liberdade, a da Democracia e a da luta contra a Guerra Colonial.
Mas é verdade! São os reformados que vão decidir o vencedor das próximas legislativas. Mobilizá-los com seriedade e respeito é a palavra de ordem.
Visão muito interessante de um segmento transversal da nossa sociedade, as pessoas que já saíram do activo ou se aproximam da reforma, um segmento que ainda é o pilar da coesão social, que nunca virou as costas aos mais novos, que se matou a trabalhar e a dar tudo de si para construir Portugal com a cabeça erguida, mas que deixou de merecer respeito desta gente, com ideologias que emergiram a fundo com o cavaquismo e os ventos neoliberais tacherianos.
Parabéns pelo testemunho!
Totalmente de acordo com o que escreveu o Fernando Romano; O problema é que a maioria dos reformados não são tão esclarecidos como o Sr. pois é vê-los a ler o Correio da Merda e o semanário Apagão, ou será da Manhã e o Sol? Ou seja, mais merda e apagões no cérebro das pessoas.
No caso do 1º, julgo que a maioria, compra mais palas fotos das gajas descascadas e pelos sorteios para tótós.
Mas adiante; O problema é que a maioria vota por "clubice" e como burro velho não aprende nada novo, vão votar nos mesmos. Os que não são "burros", talvez tenham aprendido alguma coisa depois de terem levado no "coiro" forte e feio com estes gajos.
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