• João Galamba, Fazer a economia crescer:
- «O PIB do terceiro trimestre, cujos detalhes foram conhecidos na passada segunda-feira, mostra que a tese segundo a qual a economia estaria em aceleração até às eleições não tem qualquer fundamento. O crescimento homólogo passou de 1,6% para 1,4%, sendo nulo o crescimento entre os segundo e terceiro trimestres. Isto é o oposto de uma economia em recuperação.
dMais do que desmentir a narrativa eleitoral de PSD e CDS, se há algo que estes dados tornam evidente, é a absoluta necessidade de executar, quanto antes, as medidas de estímulo à economia que constam do programa do novo Governo. O que explica a desaceleração da economia é o comportamento menos favorável do consumo (crescimento passou de 3,2% para 2,3%) e da formação bruta de capital fixo (crescimento passou de 5,3% para 1,9%).
Depois de vários trimestres a crescer acima dos dois dígitos, a compra de automóveis desacelerou, o que mostra que, mais do que um consumo assente na recuperação sustentável e duradoura do rendimento, tínhamos um consumo que se limitava a recuperar da forte queda ocorrida entre 2011/3 e que não tinha condições de sustentabilidade para perdurar no tempo.
Para garantir que o consumo mantém taxas de crescimento robustas no futuro, é necessário apostar na recuperação sustentável e duradoura do rendimento. E é isso que o programa do Governo propõe. Ao contrário da compra de automóveis, que é feita essencialmente recorrendo ao crédito e que tem um forte conteúdo importado; o consumo corrente, que é aquele que tem uma ligação mais directa ao rendimento disponível das famílias, tem um conteúdo importado menor que o consumo de bens duradouros. A aceleração da reposição do rendimento das famílias, com particular incidência nos escalões mais baixos de rendimento, tem, pois, um duplo objectivo: maximiza o efeito no PIB e minimiza o impacto negativo na balança externa.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), que recuou ao nível de meados dos anos 80, não está a recuperar. A tese segundo a qual bastaria aumentar a rentabilidade do capital (baixando salários, desprotegendo trabalhadores e reduzindo o IRC) pode funcionar em alguns modelos, mas, na realidade, limita-se apenas a agravar a já desigual repartição do rendimento, sem efeitos visíveis na FBCF. Como não se cansam de dizer os empresários portugueses no Inquérito da Conjuntura publicado pelo INE: sem procura não há investimento. O aumento do rendimento das famílias é, pois, uma importante componente de qualquer retoma da FCBF, porque é a única forma de garantir que os empresários têm clientes a quem vender. Esta aposta no rendimento, como é evidente, não esgota as medidas para estimular a FCBF que constam do programa de Governo, mas é um pilar essencial a qualquer recuperação dessa componente do PIB.
Constatar que a realidade económica é pior do que sustentavam PSD e CDS antes das eleições não é uma desculpa. É a mera constatação da urgência de uma mudança de políticas, que assegure o que as políticas anteriores manifestamente não foram capazes de assegurar.»
6 comentários :
O oposto de uma economia em crescimento é uma economia em decrescimento, segundo o novo acordo ortográfico!
Mas para o mantra do treteiro convém dizer que está tudo à fome e que aumentar rendimentos não acresce importações e já agora, nem dificulta emprego nem exportações.
Se percebesses alguma coisa do que se passa à tua volta em termos economicos, e se não vivesses num universo paralelo, ficavam-te mal essas palavras , José, por apontarem uma grande falha no teu caracter : a falta de cerebro.
Mas como vives na tal realidade paralela, tens desculpa. A minha simpatia vai para a familia e amigos que te têm de aturar.
O xuxa já chora, já chora, chora, chora.
Não há "creximento", não há "dinhaeiro", não há folga, nem almofada! E agora?? Como é que se pagam as promessas à clientela subsidio-dependente? Como é que se cala o Pacheco Pereira? Como é que se aguentó PC e o Bloco? Como é que se governaaaaa?? Isto está muito mal, muito mal, muito mal!! É só minas e armadilhas! Os direitolas meteram-nos numa batalha navaaaaal!!!!!!
https://www.youtube.com/watch?v=ufL85FJAgZQ
"Os direitolas meteram-nos numa batalha naval",e logo naval,a paranoia dos submarinos cujo processo tem que ressuscitar por força, pelo que vir para aqui com lembranças destas é de uma estupidez pasmosa!A tal batalha em que os direitolas nos meteram tem é que ver com o saque desaustinado do país sem que se vejam resultados que melhorassem a vida dos portugueses e a entrega desta terra a crápulas amigalhaços e a interesses estrangeiros.O tem que ser pago em processos crime por uma justiça que não prenda meia dúzia de badamecos para que a cáfila se refastele na vida de chulo a que se habituou.A tal estória da vaquinha não sorridente que foi metida no rio pejado de piranhas.
Os direitolas hoje meteram o Melão na Choça, quando foi desconvocada a greve de seis dias do METRO. Já estavam a ensalivar para montar o XIRIBIRI!
Ouve bem, tu aí, ó joselito pobrezito (da mona chanfrada),
depois destes últimos QUATRO ANOS E MEIO INESQUECÍVEIS, ouviste, tudo, mas mesmo TUDO, é preferível àquilo que fizeram sofrer aos portugueses decentes!
SEJAM ELES CONSERVADORES OU PROGRESSISTAS!!
É isto que tu e contigo toda a aparvalhada Direita portuguesa - herdeira de fascistas ignaros, colonialistas néscios, pides primários, latifundiários pançudos, beatos de todas as opas e opus, neoconas e jeep's (jobens emprejários de elebado potenchial) cavacoisos, ainda não conseguiram entender, para desgraça vossa - e gáudio nosso.
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