domingo, novembro 19, 2006

Separação de poderes [1] – O ponto de vista sindical

Os políticos portugueses voltaram a dar provas da sua tentativa de intrusão nas investigações e nos tribunais. As fontes do Sol no Ministério Público, as mesmas de que a equipa corrida do Expresso já dispunha neste semanário, dão-nos conta de uma machadada irreversível no Estado de direito. O primeiro-ministro, o ministro da Justiça e o ministro das Finanças tiveram o descaramento de se reunir com o procurador-geral da República, num local desconhecido (veio a saber-se mais tarde que foram utilizadas instalações do próprio Estado, mais precisamente o palácio de São Bento), para — em coro, provavelmente — lhe meterem uma inacreditável cunha:

    Ó Sô Procurador-geral, mande lá o Ministério Público investigar bem e depressa a Operação Furacão.

É compreensível o espanto da Dr.ª Cândida Almeida, que tem feito os poderosos caírem que nem tordos, e do seu braço direito, Dr. Rosário Teixeira, que comanda a Operação Furacão desde que aqueles dois gatos-pingados do fisco descobriram a marosca em Barcelos (e não como o Ministério Público já fez passar para a imprensa de que a iniciativa fora sua). Nunca, nem ao de leve, alguém fizera sentir à Dr.ª Cândida que a Operação Furacão não se destinava a arranjar pretexto para aparecer nos jornais e mostrar que o Ministério Público não dorme (pelo menos, com os dois olhos fechados).

Ainda a Dr.ª Cândida não havia recuperado deste intolerável abuso, já o procurador-geral tinha tido o atrevimento de se deslocar ao DCIAP para se inteirar do que por lá se passa. Grave atropelo na sua autonomia. Nunca um superior hierárquico tinha incomodado a Dr.ª Cândida. Isto traz água no bico. A directora do DCIAP tem razões para confiar cada vez menos em juízes. Nada que a Dr.ª Cândida não tivesse antecipadamente procurado acautelar quando, numa entrevista ao defunto O Independente de 2 de Junho, traçou o que considerava dever ser o perfil adequado para o futuro procurador-geral da República:

Mas a coisa deu para o torto, como agora se sabe. A "máquina" já não está em boas mãos.

10 comentários :

Anónimo disse...

ZERO comentários é o que isto merece.
Apelo a todas as pessoas decentes que não façam aqui comentários.
Quem os fizer, já ficamos a saber qual a qualidade que possuem...

Anónimo disse...

Seg Nov 20, 12:06:40 AM

Porquê, se tu escreves ?

Anónimo disse...

Olhe, eu comento. Não o post, que ainda não li com atenção, mas apenas porque não gosto que me mandem calar, nem gosto que qualquer me diga o que é ser decente ou indecente. Só por isso.

Coutinho Ribeiro

Anónimo disse...

Quem é esse "GAJO" do primeiro anónimo?

Já se sabe a qualidade de quem comentar?!

Vai dar uma volta ao bilhar grande, seu grande LABREGO!!!!

Anónimo disse...

Calma, rapazes, vamos aguardar a segunda parte do post.

Anónimo disse...

o patarata do 1º. comentario deve ser um pau mandada dessa candida de almeida. que vá bugiar. calar avoz ao povo nem lembra ao diabo. o gajo pensa que está no tempo da ditadura. vai pastar para outro lado, talvez pra coreia do norte ou cuba.
professor adolfo

Anónimo disse...

A postura do primeiro postador é anormalmente anormal.A sua mente deve estar a trabalhar ainda nos anos sessenta.Não liguem ao que ele diz.Burro velho não aprende línguas. Eu até sou indecente e não comento aquilo que não sei.

Portas e Travessas.sa disse...

Como escrevi, se pensam que a Mocidade Portuguesa acabou, estão enganados. Chegou o Comandante de Castelo, fardado de piolho verde e chamou burros a todos nós, ou seja indecentes.

Cura-te das lombrigas com chá de ortelã

Anónimo disse...

jusnavegante:
Dá-lhe, homem!
Só se perdem as que caem no chão.

Anónimo disse...

este CLUNY, deveria ser sujeito a um processo judicial, para se descobrir toda a verdade, por colaborar na montagem e divulgação de factos nojentos que vitimaram, de forma definitiva, pessoas credíveis da nossa sociedade. este homem é um nojo. é um manipulador e como tal deve ser tratado. como será que uma pessoa tão vil e medíocre consegue ir sobrevivendo? presumo que terá alguns apoios em sectores políticos e judiciais, para assim continuar minando a credibilidade de muitos que desejam mudanças significativas no nosso ordenamento judicial.
com imagem de um self-men de cariz televisivo, manhoso quanto baste, faz-se passar por um rottweiler, contudo é pela sua heterogeneidade humana um fraco, seu caracter abjecto vai leva-lo à “morte”. É o fim que O espera e a todos aqueles, que PAUTARAM A VIDA “fodendo” os outros