1.
Ou seja, em vez de nos irem ao bolso todos os meses, assaltam-nos de uma só vez. Dizem - e os jornalistas reproduzem acriticamente - que, assim, afectam menos o rendimento dos portugueses. A lata é tal que inundam os jornais como uma alegada negociação entre o PSD, o CDS e Ministério das Finanças. Mas negociar o quê? O nome do roubo - roubo às prestações, ou roubo natalício? Um pouco de vergonha não lhes fazia nada mal.
2.
Não passa um dia em que a ministra da Justiça não surpreenda. Pela lata e pelo desnorte. Vai haver menos dinheiro para os tribunais? Pois que se dirijam aos aeroportos, ora essa. Enquanto emigram, os portugueses podem aproveitar para tratar das contas com a Justiça. A alternativa, já se sabia, é mudarem-se para um dos municípios governados pelo PSD...Paula Teixeira da Cruz desdramatizou o facto de existir menos seis milhões de euros para o apoio judiciário, dizendo que haverá uma "gestão flexível" ao longo do ano e garantindo que nenhum cidadão ficará sem advogado oficioso, se tal for necessário. Observou, a propósito, o alargamento do serviço de apoio judiciário à zona de chegadas dos aeroportos, pela necessidade de apoiar juridicamente os imigrantes.
3.
O governador do Banco de Portugal é outro dos que nos tentam atirar areia para os olhos sempre que aparecem. Agora, imagina (ou quer fazer-nos crer) que, com o torniquete que o governo da tróica nos impôs, ainda há gente que consegue esconder dinheiro no colchão. Oh homem, acorde! Então não vê que, em muitos casos, já não colchão há!?
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