quarta-feira, abril 03, 2013

“O enorme empenho de Cavaco (a poucos meses da sua reeleição) na aprovação do Orçamento para 2011 contrasta em absoluto com a sua ausência de empenho (após a sua reeleição) para evitar o chumbo do PEC IV”

• André Freire, O regresso de Sócrates, a guerra das "narrativas" e alguns factos [hoje no Público]:
    ‘(…) confrontado com a acusação de "deslealdade institucional", que lhe foi feita pelo PR, Sócrates respondeu o seguinte: primeiro, que não lhe reconhecia autoridade para tal, recordando o episódio das notícias "plantadas" por um assessor do PR (que continua ao serviço, apenas mudou de pelouro) nos jornais sobre eventuais perseguições da Presidência do Conselho de Ministros (na era Sócrates) a Belém. E referiu ainda que, por um lado, Cavaco nada se empenhou para travar a crise do PEC IV e, por outro lado, que o mutismo e inação do PR com o statu quo atual resulta de ser o patrono da atual situação e de usar dois pesos e duas medidas no tratamento do Governo em funções e dos anteriores governos. Descontando o elemento de contranarrativa destas posições de Sócrates, é impossível não reconhecer também que se trata de críticas certeiras. Por um lado, Cavaco foi o PR mais interventivo no primeiro mandato (vetos e pedidos de fiscalização constitucional), mas no presente mandato, com a direita no poder, praticamente eclipsou-se. Por outro lado, o enorme empenho de Cavaco (a poucos meses da sua reeleição) na aprovação do Orçamento para 2011 contrasta em absoluto com a sua ausência de empenho (após a sua reeleição) para evitar o chumbo do PEC IV. (…)’

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