Mas aqui fica apenas o post-scriptum:
- ‘P.S.: É assim que penso, por paradoxal que pareça a dois defensores de um liberalismo de pacotilha que passo a nomear: João Carlos Espada e José Manuel Fernandes. Os dois licenciados pela universidade portuguesa? Pelo menos o primeiro, que foi meu aluno, tenho a certeza que obteve o diploma. Próximos de Nuno Crato, actual ministro da Educação e Ciência, na defesa do seu amigo Rui Ramos, ambos me atacaram sem nunca terem a coragem de me nomear nas páginas do PÚBLICO (27 e 31-1-2014). O primeiro imbuído de uma suposta tradição oxoniana que, de tão snob, mais parece coisa de aviário ou de neófito convertido fora de época. O segundo para se comprazer na rememoração da cloaca maximae de evocações escatológicas. Nem por sombras lhes pintarei o retrato e bem podem calçar meia branca que não me comovem. Direi apenas que a sua atitude estudada de indignação é idêntica à das vítimas ofendidas quando reagem com uma violência sem limites. Mas não resisto a perguntar: com amigos assim quem precisa de inimigos?’
1 comentário :
Só agora tive oportunidade de reler com + atenção o artigo na páginas do P., de 31.1.2014, em que o Zé Manel se refere, num parágrafo todo ele cheio de enigmas assim ao jeito de dado pelas costas, ao artigo do DRC sobre a Daisy do Rui Ramos. Lembro-me que, na altura, li unicamente o rodapé daquela página porque havia nela uma nota final em que o escrevinhador se despedia dos leitores do P. agora que estava a caminho do Observador. Pensando bem, sem o saber, deverei ter partilhado um sorriso de alívio com os outro leitores do Público que vêm do tempo do Vicente Jorge Silva (como diz o José Jorge Letria, uff: a vitória é difícil mas é nossa!). Visto o que havia a ver, repousando o sono eterno numa qualquer hemeroteca, o excerto do Zé Manel é este (para os interessados):
«O país que se indigna com o sadismo dos duxes veteranoruns é o mesmo país que fez de um romance de contornos sadomasoquistas (ao que me dizem, pois não o li nem tenciono lê-lo) o maior êxito de vendas dos últimos anos. O país político que se exalta a pedir castigo para os jovens universitários é o mesmo que deixou degradar a linguagem política para um nível em que o insulto se tornou corriqueiro e,às vezes, bem visto e aplaudido. O mesmo sucede no interior de muitas universidades, onde há quem não respeite o direito às opiniões diferentes e passe ao ataque pessoal com armas estilísticas que em nada se diferenciam do esterco utilizado nalgumas praxes (ainda na passada sexta-feira isso aconteceu nas páginas deste jornal).»
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